Prólogo de PLP

 Prólogo 



Malaquias nunca havia cogitado —seriamente que seu fim chegaria dessa forma.


Sendo odiado desde o começo ao fim de sua vida e por uma coisa descoberta há pouco tempo, foi desprezado pela única pessoa que confiou em si e que não o olhava com desprezo; agora a sua último conversa seria sobre como havia traído todo o mundo, e como o havia enganado com todas as suas mentiras até o fim.


Caindo do mais alto Céu diante do caos que o anteriormente pacífico e calmo Primeiro Piso era, ele se via diante da enorme boca da Besta que se abria mostrando a sua única forma de se redimir. Fechando os olhos e sabendo que mesmo que o que estivesse prestes a fazer agora fosse esquecido pelo mundo ou até mesmo nunca chegassem a saber, ele esperava que ele entendesse e que o perdoasse.


Enquanto chegava cada vez mais próximo de seu fim destinado, o mar gelado do Primeiro Piso fervia e borbulhava ao seu redor. O Alto do Céu, antes firme e intocado, agora se desfazia caindo em direção à água, em grandes pedaços de gelo quente que poderiam cair sobre sua cabeça a qualquer instante. 


E nessa visão caótica e apocalíptica podia se ver o último pedaço do continente que flutuava sobre o céu e sob as águas, prestes a cair e perder tudo o que um dia já foi o lar de muitos.


Em algum momento entre a morte e uma voz distante que o chamava, tudo se tornou escuridão.


E um grande clarão surgiu assim que um forte feixe de luz emitiu de seu corpo.


Antes que os eventos que trouxeram a morte de Malaquias fossem possíveis, é necessário que saibamos que tudo teve princípio em um dia quente e comum no Segundo Piso, onde os avisos de uma grande tempestade surgiram nos Céus e trouxeram para si um estranho presente.





Capítulo 1

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